O papa Francisco ensina que a Igreja deve conformar o seu comportamento ao do Senhor Jesus que, num amor sem fronteiras, Se ofereceu por todas as pessoas sem exceção. Às famílias que têm filhos homossexuais, ele recorda que que cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando-se evitar qualquer sinal de discriminação injusta e particularmente toda a forma de agressão e violência. Deve-se assegurar um respeitoso acompanhamento, para que quantos manifestam a homossexualidade possam dispor dos auxílios necessários para compreender e realizar plenamente a vontade de Deus na sua vida (Amoris Laetitia, n. 250).
Há uma bela carta pastoral dos bispos norte-americanos aos pais dos homossexuais, escrita em 1997, com um título oportuno e profético: “Sempre Nossos Filhos” (“Always our children”). Ela é inspiradora também em outros países com realidade semelhante. Os bispos afirmam que Deus não ama menos uma pessoa por ela ser gay ou lésbica. A AIDS pode não ser castigo divino. Deus é muito mais poderoso, mais compassivo e, se for preciso, com mais capacidade de perdoar do que qualquer pessoa neste mundo. Os pais são exortados a amarem a si mesmos e a não se culparem pela orientação sexual de seus filhos, nem por suas escolhas. Os pais não são obrigados a encaminhar seus filhos a terapias de reversão para torná-los heterossexuais. Os pais são encorajados, sim, a lhes demonstrar amor incondicional. E dependendo da situação dos filhos, o apoio da família é ainda mais necessário.