Autor: Equipe Diversidade Católica

Páscoa e ressurreição

Neste começo de Semana Santa, compartilhamos a mensagem da Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT  “Queridas irmãs, queridos irmãos, a paz de Cristo esteja com vocês! Chegamos à Páscoa, tempo de passagem. Tempo, mais que nunca, de fé, para a travessia da noite escura do medo e da morte. Tempo também de vigília e atenção, como nos pede o Cristo no Getsêmani; mas, sobretudo, de oração em humildade, depositando em Suas mãos nossas limitações e fraquezas, que nos levam a adormecer quando Ele nos pede que estejamos alertas. Tempo de confiar em Seu amor e saber que Ele nos conhece e nos acolhe de maneira sempre incondicional, mesmo quando somos cúmplices da violência e contribuímos, nós mesmos, para a opressão de outros e outras mais vulneráveis que nós. É tempo de renovarmos nossa coragem e nossas forças para o que virá, na certeza de que nosso Mestre estará conosco. Vivemos tempos sombrios. Em muitos momentos o desalento e o desânimo nos abatem, e nos sentimos enfraquecer. Que esta Páscoa do Senhor nos renove as forças e nos acalente na esperança, na certeza de que, ainda que o caminho que se descortina à nossa frente seja longo e árido, o Espírito do Senhor estará conosco, e seu sopro moverá nossos passos. Que nesta Páscoa, como o Cristo, sejamos sementes. E que a ressurreição de Jesus seja sempre a nossa. Boa Páscoa...

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Documentário “Muros e Pontes: Memória Protestante na Ditadura”

Para refletirmos sobre nossa conivência, como cristãos, com as opressões e autoritarismos de ontem e de hoje. Como cristãos e como Igreja, será que nos deixamos iluminar e orientar pelos valores do Evangelho em nossa luta contra as injustiças e pela construção do Reino? Um belo filme sobre contradições, colaboracionismo e resistência evangélica. ✊👀 “No imaginário nacional contemporâneo, o golpe militar de 1964 marca um mergulho no período conhecido (inclusive nos livros didáticos de hoje) como “os anos de chumbo”. Contrariando esta percepção atualmente mais dominante – mas nem por isso livre de ameaças -, à época, muitos foram os setores da sociedade brasileira a saudar o golpe como uma espécie de salvação para nosso país. Entre estes estiveram diversos grupos religiosos como os protestantes, cujos líderes conservadores propagavam a ideia de que o regime autoritário seria, na verdade, “uma intervenção divina para salvar o Brasil do comunismo”. Confira “Muros e Pontes: Memória Protestante na ditadura”, documentário lançado em 2014 pelo projeto “Memórias Ecumênicas Protestantes no Brasil”, realizado por KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço e pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, no âmbito do projeto Marcas da Memória.” (da descrição no canal do Koinonia) #DitaduraNuncaMais #ParaNãoEsquecer...

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Conselho Pastoral de Católicos LGBT da Arquidiocese de Westminster encontra o Papa Francisco

O Conselho Pastoral dos Católicos e Católicas LGBT+ da Arquidiocese de Westminster, na Inglaterra, se encontrou com o Papa Francisco no dia 6 de março de 2019. Publicamos aqui a nota lançada pelo LGBT+ Catholics Westminster Pastoral Council em 11 de março. A tradução é de Moisés Sbardelotto e foi publicada originalmente no IHU, aqui.   CATÓLICOS LGBT+ DE WESTMINSTER SE ENCONTRAM COM O PAPA FRANCISCO A 3ª Peregrinação dos Católicos LGBT+ de Westminster a Roma se encerrou no domingo, 10 de março de 2019. Na Quarta-Feira de Cinzas, 6 de março de 2019, os 16 peregrinos, incluindo pais e familiares, junto com os católicos LGBT, com o capelão da peregrinação, Pe. David Stewart SJ, tiveram o privilégio de se participar da Audiência Papal na Praça de São Pedro. No fim da Audiência Geral, o grupo foi convidado para se encontrar com o Papa Francisco. O líder do grupo, Martin Pendergast, membro do nosso Conselho Pastoral de Católicos LGBT+ de Westminster, apresentou o grupo a um sorridente Papa Francisco, explicando que eles faziam parte do ministério pastoral para os LGBT+ da Arquidiocese de Westminster (Londres). Cada peregrino recebeu um terço de presente do Papa Francisco, que apertou a mão dos membros do grupo. Depois, na tarde da Quarta-Feira de Cinzas, o grupo pôde participar da missa com o Papa Francisco com a imposição das cinzas na Igreja de Santa...

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Peregrinação LGBTQI à Jornada Mundial da Juventude trouxe esperança a milhares de pessoas

No mês passado, o Papa Francisco visitou a América Central pela primeira vez, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude no Panamá – o maior encontro de jovens católicos do planeta. Eu também estava lá, com uma comunidade de seis peregrinos patrocinados pelo Equaly Blessed, uma coalizão de três organizações católicas dos EUA que trabalham pela igualdade LGBTQI (Call To Action, DignityUSA e New Ways Ministry). Estávamos lá para defender os plenos direitos e inclusão das pessoas LGBTQI na Igreja Católica. Nosso objetivo era principalmente encontrar pessoas, estar presentes e visíveis. Nossa intenção era nos contrapor a qualquer mensagem oficial anti-LGBTQI. Ver o Papa não era necessariamente nossa maior prioridade. Na tarde de sua chegada, estávamos dando uma pausa no caos da multidão agitada, tomando sorvete e refletindo sobre os acontecimentos. De repente, ouvimos uma barulheira a apenas alguns quarteirões de distância – buzinas, vuvuzelas, alto-falantes. Alguns de nós corremos na direção do barulho. Ao dobrar a esquina e alcançar a multidão, lá estava ele: vimos, num lampejo, o papamóvel –  e, por um segundo, o rosto do pontífice. Começamos a gritar e a nos abraçar. Estávamos chocados por termos alcançado a multidão exatamente no momento certo. “Estou tremendo”, disse Breanna Mekuly, uma de nossas peregrinas. “Não achava que ia me importar tanto, mas estou impactada.” Ver o papa foi pura sorte. Passamos a maior parte da nossa semana sendo vistos por outras pessoas. Em quase todos os lugares que íamos...

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“A fé no amor!”: o testemunho de Mônica Benício sobre Marielle Franco

Testemunho de Mônica Benício*, viúva de Marielle Franco, para nosso site: Descobrir um amor, em sua simplicidade e beleza, em um espaço de encontro com o que temos de melhor, de solidariedade e de crença em um mundo melhor como a Igreja. Quem não seria grato por esta oportunidade? E para nós não foi diferente. Marielle e eu nos conhecemos no pátio da Igreja Católica que frequentávamos e nos deparamos com este amor mútuo, sincero e vivo em nós! O amor se apresenta de muitas formas em nossas vidas, se transforma e se ressignifica a todo tempo. E foi o que aconteceu conosco. Aquele amor que se consolidou através de uma amizade profunda, adquiriu novos significados para nós. Companheirismo, sonhos compartilhados e desejos em comum. E o que fazer com tudo isso, sentimentos intensos e bonitos, que aprendemos em nossa formação católica a nutrir pelo próximo, mas que quando se apresentam para nós nos dizem que não podemos vivenciá-los, que é errado, que é pecado? Foram tempos de conflitos e contradições entre o que aprendemos e o que sentíamos uma pela outra e o que nos diziam que podíamos ou não viver. Escolhemos viver. Viver pelo amor e com amor. E isso em momento algum abalou nossa fé, mas nos fez perceber que os percalços enfrentados para estarmos juntas, para nos permitirem nos amarmos teriam que ser enfrentados em todos...

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