Autor: Equipe Diversidade Católica

A Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT lança seu manifesto

É com júbilo que a Rede Nacional de Grupos Católicos LGBTI+ lança seu manifesto, afirmando a nossa presença na Igreja Católica Apostólica Romana e reforçando a nossa dedicação e trabalho à construção do Reino de Deus. O manifesto é um dos frutos do II Encontro Nacional de Católicos LGBTI+, que aconteceu entre 01 e 02 de junho de 2018, em São Paulo, SP. O encontro contou com cerca de 60 participantes, de diversos grupos espalhados pelo país, que partilharam entre si a vida, a Palavra de Deus e a Eucaristia, na alegria de serem filhas e filhos do mesmo Pai e Mãe:     São Paulo, 2 de junho de 2018 Nós, leigas e leigos católicos reunidos no II Encontro Nacional de Católicos LGBTI+, assumimos a missão de Promover e difundir a Boa Nova de Jesus Cristo e o projeto plenamente inclusivo do Reino de Deus, partilhando a experiência do Amor, da Liberdade, da Justiça e da Vida em abundância com todas as pessoas que são excluídas da Igreja e/ou da sociedade em virtude de sua identidade de gênero e/ou orientação sexual. Nosso Encontro nasceu como um fruto importante do trabalho que vem sendo desenvolvido por esta Rede Nacional desde a sua fundação, no ano de 2014 – quando ocorreu o primeiro encontro de católicos LGBTI+ do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro –, e pelos grupos que...

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Grupos católicos LGBT realizam segundo encontro nacional em São Paulo (SP)

  No sábado, dia 02 de junho, católicas e católicos LGBTI+ do Brasil estarão reunidos em São Paulo (SP) para o II Encontro Nacional de Católicos LGBTI+; o primeiro foi realizado em 2014, no Rio de Janeiro (RJ). O evento contará com membros de diversos grupos formados por leigos católicos que desenvolvem ações pastorais para garantir a cidadania de pessoas LGBTI+ na Igreja e na sociedade. São esperados mais de 70 participantes, de diversas regiões do país. O tema do encontro será “Superação da Violência contra LGBTI+ na Igreja e na Sociedade”, seguindo a Campanha da Fraternidade deste ano, que refletiu sobre formas de superar a violência no Brasil. O evento terá como inspiração bíblica: “O meu desejo é a vida do meu povo” (Ester 7,3). Das 15h às 18h, haverá uma mesa-redonda inter-religiosa, que reunirá representantes de diversas crenças, para falar sobre as formas de enfrentamento da LGBTIfobia que têm sido assumidas nas suas comunidades e igrejas. A mesa contará com as participações de Amábile Franco, teóloga anglicana; Ronilda Iyakemi, ialorixá (religião tradicional iorubá) e etnopsicóloga; Rev. Cristiano Valério, pastor da ICM São Paulo e Coordenador de Desenvolvimento de Igrejas da Comunidade Metropolitana para o Brasil; Camila Mantovani, da Igreja Batista do Caminho – RJ, ligada aos movimentos Esperançar e “Evangélicxs – Juntos pela Diversidade” e colaboradora de movimentos feministas cristãos; Lilyth Ester Grove, antrópologa judia e travesti, pesquisadora...

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“Livres e iguais”

Neste 17 de maio, Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia, a ONU lançou mais um vídeo da campanha “Livres e Iguais”. Assista: “Ser um aliado é mais do que aceitar silenciosamente. É sobre estar sempre presente para seus familiares, amigos, colegas e vizinhos gays, lésbicas, bi, pessoas trans e intersexo (LGBTI). Trata-se de se esforçar para entender suas experiências e ajudá-los a entender as suas. É sobre apoiar um ao outro em momentos de necessidade. Trata-se de dar um exemplo positivo para os outros. E o mais importante é criar uma sociedade mais inclusiva e amorosa, onde todos sejam valorizados, independentemente de quem sejam ou de quem...

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17 de maio, Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia

Hoje, 17 de maio, é Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia. A data, referência simbólica da luta pelos direitos LGBT por coincidir com o dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade como doença, vem celebrar a diversidade e marcar a luta contra todos os tipos de discriminação e violência – física, verbal ou psicológica – sofridas por pessoas LGBT. Trata-se de uma missão urgente especialmente no Brasil, um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBTs no mundo (mais informações aqui).  O número de suicídios entre adolescentes que se descobrem LGBT, e mesmo de adultos, também é elevado. “Eles chegam a esta atitude extrema por sentirem a hostilidade da própria família, da escola e da sociedade. Calcula-se que o índice de suicídio nesta população é cinco vezes maior que no restante. Toda esta hostilidade com inúmeras formas de discriminação, mesmo quando não leva à morte, traz frequentemente tristeza profunda ou depressão”, assinala Luís Correa Lima, SJ, em artigo publicado na revista Convergência, da Conferência dos Religiosos do Brasil, em março deste ano (o artigo pode ser lido gratuitamente aqui). Porém, o combate à LGBTfobia é missão igualmente urgente na Igreja, onde  o sofrimento dos LGBT ainda é, em grande parte, ignorado ou silenciado. Pior, não são poucos os ambientes cristãos em que se disseminam a incompreensão e atitudes de exclusão e até hostilidade. O caso citado no vídeo acima, extraído do filme “Assim me diz a Bíblia” –...

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“Não há cura para quem não está doente”

Compartilhamos o texto de Cristiana Serra*, do Diversidade Católica, sobre o debate acerca da controvérsia em torno das tentativas de implementação das chamadas “terapias de reorientação sexual” no Brasil – especialmente no tocante à judicialização da disputa. Publicado originalmente aqui.  No dia 31 de janeiro deste ano, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) instaurou procedimento preparatório (PP) a fim de “apurar ações ou omissões ilícitas do Conselho Federal de Psicologia (CFP) relativas a eventual impedimento na atuação da atividade profissional dos psicólogos constante da resolução CFP n° 1, de 29 de janeiro de 2018”, conforme divulgado pelo próprio MPF. Foi uma reação rápida à publicação, apenas dois dias antes, por ocasião do Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, da Resolução nº 001/18 do CFP, que “estabelece normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais e travestis”. A Resolução nº 001/18 A recente decisão do CFP orienta os profissionais da Psicologia a atuar, no exercício da profissão, de modo a: (i) não considerar as travestilidades e transexualidades patologias; (ii) contribuir para a eliminação da transfobia; (iii) não favorecer qualquer ação de preconceito; nem (iv) omitir-se frente à discriminação de pessoas transexuais e travestis. Fontes do CFP explicaram que, na prática, a Resolução “impede o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam...

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